quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

Tenho, guardadas na gaveta, figurinhas coloridas
E palavras negritas
Para ninguém, por enquanto.
Tenho a poesia no corpo, em tatuagens.
(declarações de amor à vida).

Um dia, talvez, eu abra de novo a porta
e deixe alguém entrar,
já que me pedem.

Mas só se vier de mansinho,
devagarinho,
dançando,
assim como o sol, quando chega de manhã...
assim como o sol, quando vai embora... e deixa a certeza de que vai voltar.

Porque meu amor é muito,
mas tanto,
mas tanto,
que pede alma e exige entrega.
Enlaça,
envolve,
recebe, devolve.

Só sei amar de fazer a cabeça girar e o chão sumir,
só sei amar com o prazer
do sexo e do gozo sem fim.

E se for assim,
pode me morder,
pode me bater, arranhar, fazer sangrar.
Àquele que me desespera, eu amo sem pensar.

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