segunda-feira, 7 de julho de 2008

...e se você quiser, por suas próprias mãos.

a menina caminhava na calçada.
antes de atravessar a rua, parou.
olhou para os dois lados,
viu dois carros e uma moto
e continou caminhando.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Talacemia

estou morrendo pelas mãos
só por causa do teu abandono...
definitiva
e literalmente
estás me comendo pelas beiradas.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Dos plátanos nus

que caiam as paredes,
quebrem-se os quadros,
até que o chão esteja coberto de lixo
nossos escombros,
nossa sujeira...
já não dá para esconder.

que venha abaixo o mundo.
afinal, a terra já começou a tremer.
não me diga que não sentes,
não mente assim para mim.
não me diga que não sabes,
não sou tão burra assim.

que morra nosso amor
de inanição, um pouco
outro tanto de assassínio
ou suicídio.
que eu não me mate por ti
e tu não mais chore por mim
não valemos a pena
não merecemos tanto sofrimento...
(e, além disso, o inverno chegou).

Broken heart

O bom dia

Hoje acordei diferente.
Eu não tinha mais lágrimas na alma, ou lamúrias nos olhos. Só as olheiras denunciavam meu cansaço, mas... não era nada, não: uma noite maldormida, como já tive várias.
Hoje acordei bem-disposta.
Disposta a dar bom dia ao sol e às ruas cheias de carros, aos prédios altos e suas sacadas pendentes. Hoje acordei com vontade.
Não quero te ver, que bom. Passou. Ufa! Ai como tu me cansou. Quantas noites dormi mal por ti! Dormimos... não fui só eu. Não nos deixávamos descansar, a dor latente do amor, o sofrimento subentendido da paixão... quem não conhece isso? quem nunca se apaixonou? alguém não teve medo?
Eu acho mesmo a felicidade do amor bastante parecida com a angústia. É uma satisfação ansiosa, como que pressentindo o sofrimento certo vindouro. A dor sempre chega, um dia. Quem também não sabe disso?
Mas... "daqui para a frente tudo vai ser diferente". Eu vou ser diferente. Porque a paz já chegou e já não importam traições e segredos. Já não me interessa quem tu és. Não quero mais saber... e por favor, não me fale, não me fale de amor. Não cometa, não transgrida. Tua boca não merece meu nome.

domingo, 22 de junho de 2008

O bom fim

Sempre soube que eu teria que te deixar.
Desde o início.
O que eu não sabia é que essa ia ser a melhor parte.

Feliz, feliz.

depois que te vi, ontem,
me senti tão suja
mas tão suja,
que cheguei em casa e passei leite de colônia no corpo todo.
Já botei algodão na lista do súper.