terça-feira, 1 de julho de 2008

O bom dia

Hoje acordei diferente.
Eu não tinha mais lágrimas na alma, ou lamúrias nos olhos. Só as olheiras denunciavam meu cansaço, mas... não era nada, não: uma noite maldormida, como já tive várias.
Hoje acordei bem-disposta.
Disposta a dar bom dia ao sol e às ruas cheias de carros, aos prédios altos e suas sacadas pendentes. Hoje acordei com vontade.
Não quero te ver, que bom. Passou. Ufa! Ai como tu me cansou. Quantas noites dormi mal por ti! Dormimos... não fui só eu. Não nos deixávamos descansar, a dor latente do amor, o sofrimento subentendido da paixão... quem não conhece isso? quem nunca se apaixonou? alguém não teve medo?
Eu acho mesmo a felicidade do amor bastante parecida com a angústia. É uma satisfação ansiosa, como que pressentindo o sofrimento certo vindouro. A dor sempre chega, um dia. Quem também não sabe disso?
Mas... "daqui para a frente tudo vai ser diferente". Eu vou ser diferente. Porque a paz já chegou e já não importam traições e segredos. Já não me interessa quem tu és. Não quero mais saber... e por favor, não me fale, não me fale de amor. Não cometa, não transgrida. Tua boca não merece meu nome.

Nenhum comentário: