terça-feira, 1 de julho de 2008

Dos plátanos nus

que caiam as paredes,
quebrem-se os quadros,
até que o chão esteja coberto de lixo
nossos escombros,
nossa sujeira...
já não dá para esconder.

que venha abaixo o mundo.
afinal, a terra já começou a tremer.
não me diga que não sentes,
não mente assim para mim.
não me diga que não sabes,
não sou tão burra assim.

que morra nosso amor
de inanição, um pouco
outro tanto de assassínio
ou suicídio.
que eu não me mate por ti
e tu não mais chore por mim
não valemos a pena
não merecemos tanto sofrimento...
(e, além disso, o inverno chegou).

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